sábado, 27 de outubro de 2012

HISTÓRIA DE VIDA: inclusão digital




           A imagem acima foi elaborada a partir das lembranças efetivas de meu contato substancial com as tecnologias. A primeira tecnologia que me recordo fielmente e no qual obtive contato consensual foi com o primeiro brinquedo (?). Pensando, mais brinquedo, e é uma tecnologia? Claro que sim! A tecnologia é uma técnica avançada para o melhoramento e avanço de um instrumento designado para determinado fim. No caso do brinquedo, fins de entretenimento infantil.
            Quando passei a entender o significado e essência do que estava a minha volta, passei a assistir os meus brinquedos em desenhos animados, paulatinamente, transmitidos pela mídia televisiva, que na época, tinha como foco, em suas manhãs, o público infantil (algo inexistente na atualidade).
            Articulado com a mídia televisiva era a mídia rádio, pois as músicas dos programas e dos apresentadores estouravam como paradas de sucesso, quem não se lembra dos LPs, os da Xuxa, Paquitas, Turma do balão mágico? Sucessos, estes jamais esquecidos e que giravam em torno da WEB 1.0. Novelas como Éramos Seis, Carrossel, fenômenos de audiência por seus temas e cuidados éticos no repasse e elementos de atualizações e informações. Essas mídias eram destaques dos anos 80 e início dos anos 90. Enfatizo que até hoje, ainda prefiro assistir a TV e escutar o rádio em seu molde normal do que através da internet. Esta última se destacou e evidenciou suas categorias, elementos, funcionalidades, especificidades na década de 80, tomando força a partir dos 90 e até o momento, a cada dia que passa está mais consolidada na sociedade e nas relações sociais, profissionais e amorosas.
            Lembro-me que quando estava no ensino fundamental, tive contato, pela primeira vez com a tecnologia da máquina datilográfica, passando a fazer parte do meu quotidiano, todos os meus trabalhos, começaram a ser visualizados de forma distinta dos que eram elaborados manualmente. Não obstante, logo a máquina foi substituída pelo fenômeno – COMPUTADOR – que adentrou em nossos ambientes e caminhos, no meu caso, através da escola que eu estudava. Iniciei a minha vida tecnológica compreendendo o PROGRAMA MS-DOS, no qual aprendíamos a manuseá-lo pelos códigos, a fim de entendermos o seu funcionamento e estrutura. Assim, essa máquina que estava a nossa frente, proporcionou a elaboração de inúmeros trabalhos até o final do ensino médio.
            A minha real efetivação no mundo tecnológico foi através das atividades acadêmicas, quando inserida na universidade no ano de 2000. Neste ano, muitos programas como o Livro Verde, Proinfo iniciaram suas ofertas para os cidadãos penetrarem no mundo digital. Na minha sala de aula, quando cursava ainda a graduação, percebi que 90% dos meus colegas tinham um e-mail e eu não, mas de que adiantava ter essa tal moda, se não tinha nem um computador em casa, quiçá manusear. Um amigo de sala, certo dia, chegou para mim e falou: - Tenho uma surpresa! Quer saber o que é? Eu, claro, curiosa como sou, respondi: - Quero sim, fala logo, do que se trata?
            Ele me levou para o laboratório de informática e me mostrou que havia feito um e-mail para mim, na verdade dois para que eu pudesse utilizar o MSN e assim conversar com pessoas que jamais tinha visto e outras que estavam distante e as que estavam tão perto. Vi-me com medos, anseios, acanhada, pessimista, mas compreendi, de certa forma, o quanto aquela ação só iria me beneficiar. Foi através dela que me iniciei no trabalho acadêmico de fato, como pesquisadora, além de também trabalhar no ramo administrativo na mesma instituição.
            Foi assim que tive contato e emergi no mundo das mídias e TIC, em que uma simples ação de amizade fez-me perceber o quanto valia a pena investir, sem receios, percalços e danos na sociedade da informação. Por causa dessa ação, valiosas e significativas foram as experiências ao longo desses 12 anos insurgidos no contexto da sociedade da informação. Lugares que só eram vistos por estudos didáticos, puderam ser visitados pessoalmente, destaque para a região (foto abaixo) paraguaia – HUMAITÁ, cenário da guerra da tríplice aliança, na qual só sabemos da existência pelos livros didáticos de história. Além de proporcionar o enriquecimento teórico-prático, quando participamos de congressos, seminários, encontros, com o propósito de divulgarmos as pesquisas e trabalhos desenvolvidos, assim como assistir a outros da área específica de conhecimentos e interessantes para o nosso quotidiano de estudos.




            Logo, esses instrumentos se tornaram indispensáveis a minha prática pedagógica, pelo simples fato de auferirem uma conotação nova necessárias para a relação entre sujeitos para o fortalecimento da formação do cidadão. Ao me tornar professora universitária, foi possível analisar que esses fenômenos – INTERNET – COMPUTADOR – CELULAR, não são seres vivos, e sim apenas instrumentos manipuladores que estão em nosso dia-a-dia profissional, pessoal e até amoroso. A grosso modo identifico que o meu anseio é pelo vício que os jovens atualmente obtém utilizando esses recursos e instrumentos, que para alguns não trazem benefícios nenhum, infelizmente. Então, me pergunto: o que fazer? E, como diz Lévy (1999), será que o dilúvio informacional jamais cessará? Penso que, de certa forma, as TIC integram um trabalho com maior adequação ao planejamento, mas porque a maioria dos professores não conseguem adequá-las a sua prática pedagógica?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Plano de aula com casos de ensino!

Ainda continuando nossa discussão na aula do dia 20 de setembro, os casos de ensino " são descrições de situações reais (situações reais ou baseada na realidade) que envolvem algum tipo de problema para o qual se requer formular soluções ou abordagens apropriadas". 
Suas características são pautadas: representação multidimencional  do contexto, participantes e realidade da situação, deve ser: aberto; conectado; evocativo; relevante; sustentável, desenvolve habilidades reflexivas, espera que o estudante se coloque no lugar da pessoa a quem cabe tomar a decisão.

Plano de aula em Grupo


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO


PLANO DE AULA

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Professores: Ivanderson Pereira, Lílian Figueiredo, Rosana Sarita.
Duração: 1h 20min
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Tema:
Aprendizagem a partir de Casos

Objetivos:
 - Compreender as características dos casos de ensino;
 - Perceber os fundamentos teóricos do ensino por casos;
 - Discutir as vantagens e desvantagens do uso de casos para o ensino.

Conteúdos:
 - Características dos casos de ensino;
 - Fundamentos teóricos do ensino por casos;
 - Vantagens e desvantagens do uso de casos para o ensino.

Metodologia:
A aula toma por fundamento a metodologia de ensino por casos para discutir a mesma. Num primeiro momento, vamos distribuir o caso da Yusbertilde e do Arimandinaldo aos alunos. Esse caso é contado em 5 versões diferentes. Nesse momento a turma será dividida em 5 grupos. Cada grupo será convidado a defender a ideia contida no caso, assumindo a narrativa do personagem. Para isso será dado a cada grupo um tempo de 10 minutos para ler o caso e planejar a sua apresentação. Depois de decorrido esse tempo, um representante de cada grupo deverá apresentar o caso proposto. A socialização dos casos terá duração de 10 minutos. Posteriormente, será solicitado a turma que responda ao seguinte questionamento: “Qual(is) é(são) a(s) causa(s) da desmotivação de Yusbertilde e de Arimandinaldo?” Será dado um tempo de 10 minutos para a proposição das possíveis respostas. Após esse primeiro momento de problematização, serão expostas na forma de slides as características dos casos de ensino, em que se fundamenta essa proposta, suas vantagens e desvantagens, bem como a indicação de outros exemplos de casos que podem ser utilizados para o ensino. Após esse momento de exposição, será apresentado um vídeo que ilustra uma problematização a partir de um caso que enfoca as controvérsias da formação pedagógica do professor universitário quando diante de situações que colocam em xeque os seus saberes. A pergunta lançada pelo vídeo será o elemento a partir do qual uma segunda problematização será proposta. O desafio é apresentar respostas devidamente fundamentadas, uma vez que agora, os alunos já entendem a real proposta do ensino baseado em casos.

Avaliação:
A avaliação da aprendizagem será realizada de forma contínua e processual tomando por base os fundamentos da avaliação formativa e diagnóstica. O principal indicador da aprendizagem será o grau de envolvimento dos alunos nas atividades propostas através de sua apresentação dos casos bem como das possíveis soluções para as problemáticas expostas.

Referências

COSTA, Cleide Jane Sá Araújo; PINTO, Anamélea de Campos. Uma experiência de formação continuada com a metodologia de aprendizagem de casos e mapas conceituais. E-Currículum, São Paulo, v. 4, nº 2, jun 2009.

GIL, Antonio Carlos. Elaboração de casos para ensino de administração. Revista Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão. V. 2, nº 2, jul-dez 2004.

GRAHAN, Andrew. Como escrever e usar estudos de caso para ensino e aprendizagem no setor público. Brasília: ENAP, 2010.

NONO, Maévi Anabel; MIZUKAMI, Maria das Graças Nicoletti. Casos de ensino e processos de aprendizagem profissional docente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 83, nº 203/204/205 p. 72-84, jan-dez 2002.

PLANO DE AULA INDIVIDUAL



UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO


PLANO DE AULA

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Professores: Lílian Kelly de Almeida Figueiredo
Duração: 50min
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Tema:
Aprendizagem a partir de Estudos com Casos

Objetivos:
 - Entender as características dos casos de ensino;
 - Estudar os conceitos teóricos do ensino por casos;
 - Simular uma aula no ensino básico e superior a partir dos casos de ensino.

Conteúdos:
 - Características dos casos de ensino;
 - Conceitos teóricos do ensino por casos;
 - Simulação de aulas com casos de ensino.

Metodologia:

A nossa aula se fundamenta pela metodologia de ensino por casos, a fim de discutir o proposto. Num primeiro momento será distribuído o caso de Junia e Elisberto.São 3 versões distintas, e a sala se dividirá em 3 grupos. Os grupos serão convidados a defenderem a ideia inserida no caso, assumindo a narrativa do/s personagem/ns. Após a defesa um representante irá apresentar o caso proposto com a intenção de identificar quem é o narrador e responder ao questionamento: Por que motivo o fracasso escolar aconteceu? Depois da socialização de todos os casos e da discussão sobre o questionamento, serão expostas na forma de slides as características dos casos de ensino, seus conceitos teóricos e a simulação destes em sala de aula. Será apresentado ainda um vídeo ilustrando uma problematização a partir de um caso.


Avaliação:
A avaliação da aprendizagem dos alunos será realizada de maneira contínua e processual se pautando nos fundamentos da avaliação formativa e diagnóstica. O envolvimento dos alunos será o norte para o bom andamento das atividades.

Referências

COSTA, Cleide Jane Sá Araújo; PINTO, Anamélea de Campos. Uma experiência de formação continuada com a metodologia de aprendizagem de casos e mapas conceituais. E-Currículum, São Paulo, v. 4, nº 2, jun 2009.

GIL, Antonio Carlos. Elaboração de casos para ensino de administração. Revista Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão. V. 2, nº 2, jul-dez 2004.

GRAHAN, Andrew. Como escrever e usar estudos de caso para ensino e aprendizagem no setor público. Brasília: ENAP, 2010.

NONO, Maévi Anabel; MIZUKAMI, Maria das Graças Nicoletti. Casos de ensino e processos de aprendizagem profissional docente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 83, nº 203/204/205 p. 72-84, jan-dez 2002.